Those closest to the problem are closest to the solution
- gladysquevedo3
- 7 de out. de 2024
- 2 min de leitura

Durante uma palestra na conferência organizada pela Associação Colombiana de Professores de Inglês - ASOCOPI e a Latin American Association for Language Testing and Assessment - LAALTA, realizada de 3 a 5 de outubro de 2024, um dos palestrantes utilizou a sentença "Those closest to the problem are closest to the solution" [Aqueles que estão mais próximos do problema estão mais próximos da solução]. O palestrante - Walter Christian - é diretor da Sylvia Mendez Newcomers School USA, e falava sobre os desafios do seu trabalho nessa escola, que recebe alunos filhos de imigrantes e os prepara para a inserção no sistema educacional público do país.
Essa sentença me chamou a atenção. Uma rápida pesquisa na internet me mostrou que ela é frequentemente atribuída a diversos pensadores e líderes, mas que não há um consenso claro sobre sua origem. Ela é frequentemente associada a contextos de gestão, desenvolvimento comunitário e resolução de conflitos, refletindo a ideia de que as pessoas diretamente afetadas por um problema têm um entendimento mais profundo e, portanto, podem oferecer soluções mais práticas e eficazes.
A sentença destaca a importância da colaboração e da empatia nas abordagens de resolução de problemas. Portanto, independentemente de sua autoria específica, a mensagem ressoa fortemente em diversos contextos, enfatizando a necessidade de ouvir aqueles que estão na linha de frente.
Em muitas áreas, como a educação e as políticas sociais, essa afirmação é usada para argumentar a favor da descentralização e da inclusão das vozes locais no processo de tomada de decisões. A ideia é que aqueles que vivem as dificuldades do dia a dia possuem uma perspectiva que pode ser crucial para a identificação de soluções viáveis.
No Brasil, essa perspectiva pode ser muito relevante para as políticas linguísticas, especialmente no ensino de línguas adicionais. Muitas vezes, as decisões sobre o que deve ser ensinado e como se deve ensinar são tomadas por autoridades que estão distantes da realidade das salas de aula. Quando as políticas linguísticas não consideram as experiências e desafios enfrentados por professores e alunos, podem acabar sendo ineficazes ou até contraproducentes.
Envolver educadores e aprendizes na formulação de políticas e práticas pode levar a soluções mais adequadas, uma vez que eles têm conhecimento prático e contextualizado dos problemas enfrentados e podem, por meio de seu envolvimento, promover um ambiente mais inclusivo e eficaz. Contribui também para o desenvolvimento de práticas pedagógicas mais relevantes, que respeitem e integrem as necessidades linguísticas e culturais dos alunos, levando a um ensino mais significativo e efetivo.
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