Reflexão do dia
- gladysquevedo3
- 8 de jul. de 2024
- 2 min de leitura

“(...) tarefas de avaliação devem levar os alunos a se envolverem em processos que desenvolvam seu aprendizado e os ajudem a construir as habilidades que precisarão para atuarem efetivamente no mundo real.” (Hamp-Lyons, 2017, p. 90 - minha tradução)
No original:
"(...) assessment tasks should lead students to engage in processes that develop their learning, and help them to build the skills they will require if they are to perform effectively in the real world."
Fonte: Hamp-Lyons, L. Language assessment literacy for language learning-oriented assessment. Papers in Language Testing and Assessment, Vol. 6, Issue 1, p. 88-111, 2017.
A reflexão de hoje é com base nessa citação de um artigo da professora Liz Hamp-Lyons. Ela destaca, de forma muito objetiva, a importância das tarefas de avaliação de línguas não apenas como um meio para mensurar o aprendizado dos estudantes, mas também, e principalmente, para promover o desenvolvimento de habilidades linguístico-discursivas que são essenciais para o sucesso no mundo real.
Essas tarefas devem ser elaboradas de forma a envolver os estudantes em processos ativos de aprendizagem. Isso significa que não devem apenas testar o conhecimento existente, mas também estimular a aplicação prática, análise crítica, resolução de problemas e outras habilidades cognitivas. Em outras palavras, além de avaliar, as tarefas devem oferecer oportunidades de aprendizagem de uso da língua. Afinal, as habilidades linguístico-discursivas necessárias para o desempenho eficaz no mundo real vão muito além do conhecimento gramatical e lexical. Incluem competências como pensamento crítico, colaboração, comunicação eficaz, negociação de sentidos, engajamento com a multimodalidade, capacidade de adaptação a mudanças e resolução de problemas.
A educação linguística tem como função preparar os alunos para suas vidas futuras. Portanto, as tarefas de avaliação de línguas devem ser projetadas para simular situações do mundo real, onde os alunos possam aplicar seu conhecimento de maneira prática e relevante para si. Quando essas tarefas são significativas e desafiadoras, elas têm maior probabilidade de motivar os alunos a se envolverem ativamente no aprendizado.
A citação de Hamp-Lyons sublinha a importância de que as tarefas de avaliação de línguas não sejam apenas instrumentos de medida, mas, acima de tudo, oportunidades valiosas para o desenvolvimento contínuo dos alunos, preparando-os não apenas para enfrentar desafios no âmbito educacional, mas também para prosperar e ter sucesso no ambiente dinâmico do mundo real.
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